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quinta-feira, março 15, 2012


sábado, março 03, 2012

Atualização mais que necessária!

Amigos(as):

Tantas coisas aconteceram desde a última postagem realizada neste blog... 
Felizmente apenas coisas boas, vitórias conseguidas à custo de muito esforço, mobilização e colaboração entre vizinhos, amigos e conhecidos que se uniram a nós.

Hoje, 3 de março de 2012, tivemos a alegria de ver nosso trabalho - e de outras Associações de Bairro de Belo Horizonte - reconhecido e valorizado pelo Jornal PAMPULHA, com uma bela matéria de Capa ( e mais 03 páginas internas).

Contando um pedaço da história de nossa Associação, a repórter Débora Fantini, ressaltou o início da Revitalização do Mercado Distrital do Cruzeiro, de acordo com o resultado do movimento VIVA O MERCADO, que aliás, foi o assunto de nossa última postagem aqui em 2011. 

De fato, a Premiação de Idéias Arquitetônicas e posterior Fórum VIVA O MERCADO, que conseguimos realizar pela boa disposição do IAB/MG, na pessoa da então presidente, Arquiteta Cláudia Pires e fundamental apoio da ACOMEC / Comerciantes do Mercado, sob a atuante gestão d Wayne Stochiero,  foi um sucesso!

Foram, naquela ocasião, escolhidos por um Juri Técnico composto por Arquitetos de renome, 03 projetos -  dos 07 que se inscreveram na Premiação. 

Estes três projetos foram expostos na arena central do Mercado, durante o belíssimo Fórum VIVA O MERCADO (postaremos fotos), para votação popular. Mais de 500 pessoas passaram a manhã no Mercado, ouvindo a defesa dos projetos por seus próprios autores,  a saber: André Luiz Prado  - http://www.arquitetosassociados.arq.br/ ; 
e Francisco Albano Andrade   - http://www.alarquitetura.com/empresa 
entremeada por deliciosa música do "Caixinha de Phósphoros" ( chorinho),   Gustavo Maguá ( novo samba mineiro) e Projeto Saravá ( choro, samba, modinhas...). 

O resultado do Fórum foi notícia no Estado de Minas. 
e também estão disponíveis inúmeras informações sobre o processo todo no Blog de Notícias do IAB/MG pelo link:

E voltamos ao presente!
A realidade é que nos sentimos recompensados por todos os esforços!
Devagarzinho o Mercado dá início à sua revitalização.
O arquiteto Francisco Albano já está cuidando da melhoria do piso e telhado e sua próxima atribuição é a de apresentar um projeto de padronização das bancas, placas e outros detalhes internos.

Enquanto isto, a ACOMEC, na pessoa de seu presidente, Wayne Stochiero, e com total apoio de nossa Associação, já está fazendo contatos para identificar possíveis parceiros financeiros para a implementar todo o projeto vencedor do Fórum Viva o Mercado ( conheça os projetos nos links ), quem sabe até 2014, para termos um Mercado totalmente adequado ao turismo que esperado pelos jogos da Copa.

E agora que, motivados, pela matéria do JORNAL PAMPULHA, retomamos nosso blog, iremos, pouco a pouco, contando todas as novidades ( que são muitas!), postando fotos, retomando o contato aqui, em nossos twitters  - que também serão atualizados! e  em nosso perfil de Facebook, no qual, vez por outra, no meio da correria do dia a dia, conseguimos postar algumas novidades.

Associação é assim: trabalho voluntário, esforço de cidadania... 
Por isso nem sempre conseguimos ficar tão em dia com nossos meios de comunicação como  gostaríamos.

Já que este passo já foi dado, bora continuar...
Sempre contando com vocês, no velho jeito "Beatle" de ser:
 with a little help from the friends!

Em tempo: links para a matéria do Pampulha:

Visite - e fique nosso(a)  amigo(a) no FACEBOOK:




segunda-feira, junho 13, 2011

Premiação VIVA O MERCADO! Trocando em miúdos, o que queremos p/ o Mercado

Prezado(a) arquiteto(a)


As Associações parceiras, Amoreiro (Cidadãos do Cruzeiro), Acomec (Comerciantes do Mercado) e IAB-MG gostariam de convidá-lo a participar de uma espécie de “brain-storm” sobre soluções sustentáveis de revitalização para o Mercado do Cruzeiro.

Abaixo repetimos o link do blog do IAB-MG onde você poderá encontrar o edital completo da Premiação VIVA O MERCADO!

Como leigos, a Amoreiro e a Acomec gostaria de incentivá-los nesta prática de criação para meta-projetos, explicitando, em miúdos, o que realmente gostaríamos que a revitalização do Mercado contemplasse, a saber:

• Área de convivência p/ prática de esportes e atividades artístico culturais (praça), no local onde hoje é o estacionamento do Parilla.
• Vagas de estacionamento em solução bacana que poderia ser subterrânea (?), prédios junto aos taludes(?), outras soluções (????) Achamos que 800 vagas seriam suficientes
• Centro gastrônomico em mezzanino privilegiando "economia criativa" e vocação turística, boêmia e artístico cultural do mercado ( bares, cafés, lan houses), espaço para aulas de culinária, pequenas recepções e coffee breaks, um auditório para palestras ou exibição de filmes, etc.
• Reforma interna e externa do prédio do Mercado ( solução criativa para revestimentos, pisos, placas e layout dos boxes e lojas. Cuidados com a parte hidráulica e elétrica e programação visual dos espaços de área comum.
• Criação de espaço para atividades sociais, voltadas para a formação de mão de obra e profissionalização dos adolescentes das vilas do entorno, focado na reciclagem do lixo que o próprio mercado produz ( oficinas de papel artesanal, marcenaria, etc)
• Integração com o Parque Amilcar Vianna

No Parque Amilcar Vianna:

• Estrutura para aproveitamento do espaço para prática de atividades físicas e outras modalidades esportivas (como o Tai chi, por exemplo)

• Liberação dos prédios existentes e adequação do parque para atividades artístico culturais ( Biblioteca, bancos para leitura, anfi-teatros, casa de chá, pista para caminhada ou jogging, aproveitamento dos taludes com projetos paisagísticos enriquecedores

• Estrutura de banheiros e cozinha para recepções e pequenos eventos

Edital completo da Premiação VIVA O MERCADO! no blog do IAB/MG:



Participe! Ajude-nos a não perder aquele precioso espaço para a ganância desenfreada do “Capital”!


segunda-feira, junho 06, 2011

Consulta Pública

Respondendo ao chamamento publicado no Diário Oficial do Município (DOM), no dia 28 de maio, sábado, as entidades associadas AMOREIRO, ACOMEC, SINARC e IAB/MG, protocolaram hoje, dia 6 de junho de 2011, às 11h30m da manhã, no endereço indicado pela publicação ( Gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento - Gestão de Parcerias Público Privadas, Av. Álvares Cabral, 200 ), o abaixo assinado  MERCADO DISTRITAL DO CRUZEIRO: REVITALIZAÇÃO SIM, DEMOLIÇÃO NÃO! com 8.500 assinaturas e respectivos comentários referendados pelos RGs dos que decidiram-se por assiná-lo.
Protocolaram também o Pedido de Tombamento do mesmo Mercado, solicitado pelo Sindicato dos Arquitetos de Minas Gerais-SINARC e Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção MG, encaminhado recentemente ao Conselho de Patrimônio Histórico da cidade de Belo Horizonte. E também protocolaram o edital da PREMIAÇÃO VIVA O MERCADO! publicado no blog do IAB-MG ( cujo link está postado neste nosso blog). 
Esclarecemos que esta Premiação  foi pensada com o objetivo de encontrar idéias alternativas, em nível de meta projeto, para o projeto vencedor da PMI 05/2010, de autoria da Santec Empreendimentos, amplamente rejeitado pelos moradores do Bairro Cruzeiro e cidadãos de Belo Horizonte. 
O protocolo dos documentos realizado hoje naquela Secretaria atendeu ao prazo de "10 dias corridos" da publicação do chamamento no DOM. Assim, as entidades parceiras sentem que cumpriram com a obrigação de informar oficialmente  à Prefeitura de Belo Horizonte, que  rejeitam o projeto vencedor da PMI 05/2010, fundamentando o por quê desta rejeição com os documentos apresentados.
Salientamos que o projeto supra citado  foi alvo de 02 Audiências Públicas e de diversos movimentos e eventos de repúdio e que encontra-se, conforme amplamente divulgado pela imprensa, supostameante suspenso pela PBH.
Esperamos que os documentos e  laudos técnicos protocolados hoje para este fim cumpram sua função de auxiliar a Secretaria de Desenvolvimento do Município na esperada decisão de anunciar formalmente o definitivo arquivamento do projeto alvo do abaixo assinado,   dando ao instrumento CONSULTA PÚBLICA a sua real função de ouvir as manifestações em contrário e analisar, com lisura e transparência, os documentos  comprobatórios da rejeição e da  inequação dos projetos de Parceria Público Privada listados no chamamento e, mais especificamente, no nosso caso, para o Bairro Cruzeiro e para o Mercado Distrital.

domingo, junho 05, 2011

“É possível acordar um homem que dorme, mas nunca um que finge estar dormindo” Gandhi

Consumidores, feirantes, amigos:
NO MEIO DO CAMINHO HÁ UMA PEDRA:  
não uma simples pedra,
mas um DIAMANTE, em seu estado bruto!




Em setembro de 2010 veio à público a PMI 05/2010, concorrência para parceira público privada conhecida como Procedimento de Manifestação de Interesse, instaurada pela Prefeitura de Belo Horizonte, com o objetivo de procurar parceiros financeiros para uma suposta "revitalização" do Mercado Distrital do Cruzeiro. Desde então o Mercado do Cruzeiro, como é conhecido, passou a ser alvo de calorosas disputas entre conflitantes interesses públicos, particulares e comunitários.

O Mercado do Cruzeiro é o ponto central das discussões, mas, a verdadeira estrela desta história é um lote de 15.000 m2 de área pertencente ao Município de Belo Horizonte e situado em um dos pontos mais nobres e valorizados da Regional Centro Sul. Cabe ressaltar que em área contigua a este precioso lote e com cerca de 17.000m2 de grande potencial turístico e de lazer, a Prefeitura de Belo Horizonte também é proprietária do Parque Amilcar Vianna Martins, a ser integrado ao referido lote para posterior operação e manutenção pelo concessionário escolhido.

Mas, para entender o quebra cabeça que envolve este lote precioso é preciso voltar alguns anos e agregar fatos relativos a outros dois mercados distritais, hoje extintos, o da Barroca e o de Santa Tereza.

O FIM DA ERA DOS DISTRITAIS?


Os três mercados surgiram na mesma época, pelos anos 70 e por iniciativa da também extinta COBAL, com o objetivo de retirar das ruas da Metrópole as feiras livres que a cada semana armavam suas barracas em diversos bairros, em uma itinerância muito bem aceita pela coletividade mas que desagradava aos governos da ditadura.

Os próprios feirantes, acostumados à lida da montagem e desmontagem das barracas, ao empacotar e o desempacotar das mercadorias e às agruras do tempo, entre outros incômodos ( como a falta de água e energia), não viram com bons olhos a oferta de abrigo em prédios construídos para este fim. Temiam especialmente a possível perda de seus fregueses e assíduos e fiéis. Não foi, portanto, sem alguma relutância que aceitaram a imposição da mudança.

No entanto, o temor dos permissionários foi sendo gradativamente vencido pelo sucesso da iniciativa, já que os mercados não só atraíram freguesia mas tornaram-se verdadeiros “xodós” dos bairros em que estavam instalados, sendo adotados também pelos bairros do seu entorno.

A relação dos moradores de Belo Horizonte com seus mercados distritais sempre foi  cercada de afetividade. Os bairros se orgulhavam de seus mercados e até disputavam entre si qual seria o mais bem equipado e melhor. No entanto, as constantes crises financeiras por que passou o País, a inflação e a disseminação de grandes redes de supermercados e sacolões tiveram algum impacto na freguência dos distritais, que, apesar disso, mantiveram grande parte da fiel freguesia que os mantinha vivos e economicamente saudáveis.

Dois outros motivos têm sido apontados para explicar alguma  diminuição de frequentadores: o primeiro, uma percepção de que estes mercados  estariam praticando  preços um pouco acima da média, pelo diferencial do frescor e da boa qualidade.  O outro motivo eram as instalações desgastadas pelo uso e pela visível falta de manutenção. 
E o que estaria  por trás do abandono dos distritais?

PEQUENA HISTÓRIA DE UMA MORTE ANUNCIADA
ou
O GOOGLE NÃO NOS DEIXA MENTIR

Belo Horizonte, uma cidade em crescimento, presencia a impressionante valorização de seus imóveis. Este crescimento tem seus custos pois demanda os últimos lotes que ainda abrigam casas ou pequenos prédios, dando vazão ao necessário adensamento e verticalização dos espaços e favorecendo o recrudescimento da implacável especulação imobiliária.

Chegamos assim ao cerne da questão que envolve a desativação do mercado de Santa Tereza, a demolição do mercado da Barroca e o perigo que hoje cerca o vivo e pulsante Mercado Distrital do Cruzeiro.

A Prefeitura de Belo Horizonte deseja lapidar o diamante bruto. No caso do  terreno do Distrital do Cruzeiro, tão valioso,  que não permite à  Administração Pública ouvir e atender os clamores de seus frequentadores e vizinhos quando exigem uma revitalização de fato e não sua destruição (que certamente viria sob a égide deste projeto supostamente "salvador da Pátria").  Aliás a Prefeitura de Belo Horizonte, capitaneada por Márcio Lacerda, tem mostrado uma fome cada vez mais voraz por seus "diamantes brutos" e a todo momento são anunciadas nos veículos de comunicação as novas negociações (vendas, trocas e concessão de terrenos públicos à iniciativa privada). Foi o que aconteceu como Distrital do Barroca e o que pode vir acontecer também com o Distrital de Santa Tereza, caso a população não se levante para defendê-lo, assim com tem se levantado para defender o Distrital do Cruzeiro.  Com relação ao Mercado de Santa Tereza, seria o caso de se perguntar que  PMI ou PPP  porá fim aos anseios da comunidade daquele bairro, já que tantos e tão bons projetos já foram pensados, sugeridos e acatados e nunca levados a seu termo nem na gestão de Pimentel e nem nesta gestão de Márcio Lacerda?

Os prezados leitores deste artigo ficariam surpresos se recorressem ao GOOGLE para conhecer as idas e vindas desta Prefeitura que só faz aquilo que quer, que apenas ouve o que quer ouvir, que apenas vê o que lhe interessa e que se "arma" em conchavos e parcerias que  apenas beneficiam ao "capital". Bastaria recorrer ao  GOOGLE para entender que nenhum projeto foi levado à cabo em Santa Tereza ( e nem no Cruzeiro)  por que nenhum traria aos cofres do erário o lucro sonhado por prefeitos que se colocam na contra mão das gestões inteligentes e sustentáveis, da economia criativa, da modernidade, para se deterem exclusivamente no ganho financeiro e no lucro, desprezando os desejos e necessidades dos cidadãos que os elegeram. Sobre este tipo de postura vale lembrar o texto do Conselheiro Superior do Instituto dos Arquitetos do Brasil, e autor de “Ecologizando a cidade e o planeta”, Maurício Andrés quando denuncia que “o que faz um  escritório de arquitetura projetar prédios desadaptados do ambiente em que vão se instalar - como é o caso do mega empreendimento previsto para o lote do Mercado do Cruzeiro - são fatores como a inconsciência sobre os impactos do seu projeto, a inconsciência ecológica, o atendimento a demandas de clientes inconscientes e a Ganância ( com G maiúsculo mesmo). Já Marieta Maciel – Coordenadora da Associação Brasileira dos Arquitetos Paisagistas - ABAP/MG e Conselheira Superior do IAB-MG, em artigo ainda inédito escrito para o "Ambiente Urbano/Jornal do IAB-MG) afirma que “as grandes obras devem prever praças e espaços livres para uso público, com troca de energia, de vida e de continuidade, por serem estes, aspectos relevantes para a vida urbana. E neste contexto não se pode desprezar o paisagismo, que tem como objetivo a organização, a construção e a melhoria da qualidade de vida dos afetados por uma obra, minimizando seus impactos negativos e os problemas ambientais”.

Diante de tudo isto caberia perguntar:

QUE FUTURO QUEREMOS PARA O NOSSO MERCADO?

Será que queremos que seja demolido para dar lugar ao imenso bloco de cimento armado ocupando todo o privilegiado terreno de 15.000m2 à sua volta? Será que queremos que a vista do mirante do Parque Amilcar Vianna seja assassinada e transferida pra o último andar dos hotéis que a Prefeitura insiste em inaugurar antes da Copa? Será que pretendemos ver um grupo de feirantes acuados pelo estilo “se correr o bicho pega se parar o bicho come” dos nossos prefeitos sendo definitivamente expulsos de seus negócios pela pressão do que virá? Será que queremos a descaracterização e morte do último dos Distritais e que ainda é ponto de encontro, atração turística, referência afetiva e cultural do bairro Cruzeiro e desta cidade? Será que queremos os inevitáveis impactos do trânsito decorrente da instalação de mais um Shopping Center na Regional Centro Sul? Será que cairemos no engodo de um projeto que impressiona pelo excesso de vidros temperados, verdes e quentes, e áreas supostamente belas e restritas aos hóspede do tais hotéis? Será que calaremos diante da postura ditatorial e tirânica de um prefeito conivente com a ganância de seus parceiros comerciais?

Se queremos dizer sim a estas questões, então podemos cruzar os braços.

Mas se pretendemos que o Mercado Distrital do Cruzeiro receba as bem vindas verbas da Copa do Mundo para um real projeto de revitalização, que a ele agregue um Centro Gastronômico e Cultural , sustentável e orgânico, criando uma praça com pergolados sombreados, bancos, pistas de jogging, ciclovia, equipamentos de ginástica, palco e estrutura para prática de atividades artístico culturais e esportivas, que revitalize o Parque Amilcar Vianna sem sacrificar o mirante e sua maravilhosa vista e ao mesmo tempo crie espaços para outras agradáveis manifestações em seu tombado Prédio da Caixa D’Água ( existem lindos projetos neste sentido), se é assim, então, é hora de desconfiar da nossa inércia.

É hora de sair da zona de conforto em que nos acomodamos e fazer saber o digníssimo Prefeito Márcio Lacerda que a cidade de Belo Horizonte rejeita o suntuoso projeto de seu camarada Júlio Amaro, da Santec Engenharia. É hora de arregaçar as mangas e fazer valer o nosso direito cidadão, assinar o abaixo assinado que está sendo veiculado na internet pelo link , disseminá-lo, mandar cartas para vereadores, deputados, Ministério Público, acordar a coletividade, informar, abrir o verbo em redes sociais, nos blogs e na imprensa.

É hora de destituir o poder de algumas pessoas sem ética que estão se beneficiando com a possibilidade deste negócio.


É hora de acreditar na luta para que possamos reverter o processo de construção de um mega empreendimento que nos  causa claustrofobia apenas de olhar para suas fotos...

Enfim é hora de ser como David diante do Golias...
E para isso, contamos com todos os cidadãos de BH!










































sexta-feira, maio 06, 2011

Post do Blog do Girão, antigo morador do Cruzeiro, lê aí...

http://www.dzai.com.br/eduardogirao/blog/blogdogirao?tv_pos_id=82446

João Marcos é morador do bairro e quiz também se manifestar. Sua carta não foi publicada no Estado de Minas. Então está sendo aqui! Bem Vindo!

Como morador do bairro há 19 anos, venho me manifestar sobre a matéria do Estado de Minas desta quarta-feira, a respeito do projeto que visa transformar o Mercado Distrital do Cruzeiro, um patrimônio da cidade de Belo Horizonte, em um shopping-center-hotel-centro-gastronômico-estacionamento-etc. Uma pena a postura do Estado de Minas de encampar o discurso da Prefeitura, que mais uma vez distorce a realidade. Assim como quatro anos atrás, não cabe comparar o Distrital do Cruzeiro aos finados Barroca e Santa Tereza. As únicas opiniões condizentes com o que a comunidade do bairro presencia quando vai ao mercado são as da colega jornalista Flávia Denise de Magalhães e da presidente da Amoreiro e vizinha Patrícia Caristo.


Tanto é "vivo e pulsante" o Distrital do Cruzeiro que os feirantes, com o apoio da comunidade do bairro, conseguiram vencer em 2007 a especulação imobiliária e a Prefeitura e garantiram mais 35 anos de concessão em concorrência pública. Dali não foram retirados à força pelo ex-prefeito Fernando Pimentel. Por favor, quatro anos depois, não tentem nos empurrar a opinião do tal senhor Marcelo Faulhaber, de que o Distrital do Cruzeiro corre o risco de desaparecer. Essa é uma discussão há muito superada, só não vê quem não quer.

O que me surpreende é que agora apresentam o shopping-center-hotel-centro-gastronômico-etc como solução para o trânsito no bairro (!). Me desculpe, senhor Faulhaber, mas não há empresa de avaliação de impacto no mundo capaz de provar que um empreendimento de tal porte "resolverá o problema do trânsito" (!). Querem enganar a quem? Ora, o monstrengo proposto aumentará, e muito, o tráfego de veículos na região, não o contrário. Se a justificativa para a construção do monstrengo for essa, a comunidade há de vencer a Prefeitura novamente. Estamos no aguardo pelas consultas públicas!

Não somos contra a revitalização do mercado, só não queremos que o espaço seja transformado em shopping center e totalmente descaracterizado. Chega de levar Belo Horizonte a ser cada vez mais uma cidade sem identidade! Faço minhas as palavras de Flávia Denise. A diferença é que me mudei para o bairro aos 11 anos, vindo do interior, e que não gosto de chantilly. De resto, assino embaixo. O texto dela capta exatamente o medo de quem tem o Distrital do Cruzeiro como parte da sua identidade de belo-horizontino. Queremos o mercado presevrado como tal, e não transformado em empreendimento novo-rico!

Fiquei muito feliz em saber que o arquiteto Gustavo Penna e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) estão se mobilizando pela preservação do nosso patrimônio. Sinal de que teremos em breve uma proposta condizente com os anseios da comunidade, de menor impacto na região e, principalmente, que respeite a história e o patrimônio do bairro Cruzeiro. Apoio total à luta da Amoreiro!


João Marcos Dias
Morador da rua Ouro Fino, nº 59 - Apto 402

quarta-feira, maio 04, 2011

NOSSO JORNAL!

SÁBADO SAI O NÚMERO ZERO DO NOSSO JORNAL !
Vai se distribuído durante o evento FELIZ INVASÃO DO MERCADO

Participação Popular: Um futuro para o Distrital do Cruzeiro

Você precisa ler esta matéria publicada no Ah!Cidade
http://t.co/JcIn2JE

Lista de assinaturas do abaixo-assinado MERCADO DISTRITAL DO CRUZEIRO - REVITALIZAÇÃO SIM, DEMOLIÇÃO NÃO

Lista de assinaturas do abaixo-assinado MERCADO DISTRITAL DO CRUZEIRO - REVITALIZAÇÃO SIM, DEMOLIÇÃO NÃO

Votação na Fundação Municipal de Cultura - Precisamos ir em peso!

No dia 18.05, às 14 horas, na FMC, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural vota o nosso futuro. 

TODO MUNDO LÁ!!! 

Rua Estevão Pinto, 601 ( ex-CRAV)

Neste sábado, de 10 às 13 horas:Feliz Invasão do Mercado!

No Facebook  e no twitter estamos anunciando o evento FELIZ INVASÃO DO MERCADO.
Se você é morador do Cruzeiro e redondezas vai ouvir nosso convite pelo carro de som que vai estar anunciando à partir de hoje, 04.05,  por aqui.
Vai ter grupo de Maracatu, com homem sanduíche c/ perna de pau, cantores, fotógrafos, artistas, imprensa,  muita gente importante, inclusive VOCÊ!
No sábado também é dia da tradicinal feira "MERCADORAS DA ARTE", portanto, boa oportunidade para comprar o presente da sua mãe.
 Te esperamos lá!

Saiba mais:
www.twitter.com/NoCruzeiroBH
www.twitter.com/Patclaire

Você já assinou?

Nosso abaixo assinado está bombando na internet.
http://migre.me/4r9Qt
 Assine, deixe o seu comentário e indique o link p/ seus amigos!

As pessoas também estão deixando suas  mensagens e sugestõe na própria petição.Vale a pena conferir!  Contamos com vocês! 

sexta-feira, abril 22, 2011

Luz no fim do túnel

Semana do Arquiteto no IAB/MG movimenta o debate em torno do futuro do Mercado do Cruzeiro.

Preocupados com o futuro do Mercado do Cruzeiro, arquitetos presentes no IAB/MG para a  Semana do Arquiteto 2011 no dia 12 de abril, debateram o  mega empreendimento defendido pela Prefeitura de Belo Horizonte como a melhor solução para a área que hoje abriga o Distrital.  A partir do papo com a  presidente da Amoreiro, Patricia Caristo,  os arquitetos João Diniz e Gustavo Penna se dispuseram a participar  como líderes de um chamamento aos escritórios de Belo Horizonte para a apresentação de propostas para o mercado. Os escritórios interessados em aderir ao movimento deverão  pensar o case "Mercado Distrital do Cruzeiro - como você faria esta revitalização" , respondendo  a uma série de desafios colocados  pelos moradores e cidadãos do  bairro. Estes desafios vão desde sugerir idéias para a revitalização do prédio do mercado à busca de soluções  para criação de vagas, passando por sugestões para viabilizar, no estacionamento do "Parilla", um  espaço de convivência e lazer para a comunidade e que também integre o Parque Amilcar Vianna ao Mercado. Todas as  soluções deverão ser generosas, o que significa dizer que  devem contemplar não só os interesses dos moradores do entorno do mercado e do parque, mas  de toda a  cidade, aproveitando o potencial turístico daqueles equipamentos.   As propostas dos escritórios  serão objeto de uma exposição. O projeto será lançado pelo IAB-MG no início do próximo mês.

sexta-feira, março 18, 2011

O desafio de gerir a inovação

Crédito: Mariana Coan


Perpetuar a inovação em uma empresa que é reconhecida justamente por esse atributo, como é o caso da 3M, pode parecer simples, mas a verdade é que representa um desafio tremendo. A partir do momento em que se entende que não há inovação sem idéias e não há idéias sem que haja liberdade para criar, chega-se a duas importantes premissas da gestão da inovação: 1) encoraje seus funcionários a exercer sua iniciativa e 2) deixe-os executar seu trabalho à sua maneira.


Liberdade e autonomia são fundamentais para que funcionários possam responder de forma positiva e contribuir para a inovação e para o crescimento da empresa. Um bom líder está sempre atento à construção e à manutenção desse ciclo virtuoso. Para isso, é importante zelar por um ambiente com condições e recursos apropriados para o trabalho. Isso envolve o cultivo à transparência, à comunicação, à ética e à confiança. O resultado desse esforço são colaboradores motivados, que se sentem parte do sucesso da companhia e que sabem o quão preciosas são suas idéias.


Liberdade e autonomia no trabalho são essenciais para inovar

A gestão da inovação também é composta pelo exercício, incentivado e praticado pelas lideranças, de pensar “fora da caixa”. E, mais uma vez, sem liberdade e autonomia isso se torna inviável. Pensar e criar de forma inovadora não combina com processos engessados, com estruturas retrógradas e com funcionários pressionados. Há que se equilibrar objetivos e metas para criar um ambiente propício à inovação.


Dentro de um contexto de valorização constante das idéias, é imprescindível que um líder atento garanta a tolerância ao erro. Isso significa, em essência, respeitar a dignidade e o valor de todos os indivíduos. A história da 3M é marcada por exemplos de sucesso que nasceram não apenas de boas idéias, mas de erros que foram corrigidos e que se tornaram iniciativas exemplares e inéditas. Haja vista o caso do Post-it, um dos principais destaques de nosso portfólio e que, até hoje, representa a inovação e o pioneirismo residentes no DNA da nossa companhia.


Luigi Faltoni é diretor-presidente da 3M do Brasil
Publicado em Você S/A - Edição 0126
link para esta matéria:
http://vocesa.abril.com.br/desenvolva-sua-carreira/materia/desafio-gerir-inovacao-510154.shtml

quinta-feira, março 03, 2011

Planejamento Urbano

CURITIBA

Bom exemplo de Planejamento Urbano Orientado pela Sustentabilidade
Foto: Prefeitura de Curitiba

De 1990 até hoje, o foco principal do planejamento da cidade foi o desenvolvimento sustentável e a integração da região metropolitana de Curitiba.

Objetivos

Garantir uma boa qualidade de vida aos cidadãos de Curitiba, a longo prazo, garantindo a inclusão social, acessibilidade, equipamentos públicos, a transparência e a sustentabilidade do ambiente urbano para a cidade e área metropolitana.

Resultados

O resultado da estratégia - que coloca as pessoas no centro e destaca o planejamento integrado - é que a cidade se tornou uma vitrine de urbanismo ecológico e humano, com melhorias contínuas, ao longo dos últimos 38 anos, nas condições sociais, econômicas e ambientais da cidade e seus moradores.

 

Descrição breve do projeto
De 1990 até hoje, o foco principal do planejamento da cidade foi o desenvolvimento sustentável e a integração da região metropolitana de Curitiba. O ponto mais original da estratégia é o que otimiza a eficiência e a produtividade dos transportes, ocupação do solo e desenvolvimento da habitação, integrando-os. O resultado da estratégia é que a cidade se tornou uma vitrine de urbanismo ecológico e humano, com melhorias contínuas em todos os aspectos do município. A cidade tem 200 quilômetros de ciclovias e 52 m² de área verde por habitante. Há um modelo de serviço de transporte de baixo custo, utilizado por mais de 2 milhões de pessoas por dia.

Objetivos
Garantir uma boa qualidade de vida aos cidadãos de Curitiba, a longo prazo, garantindo a inclusão social, acessibilidade, equipamentos públicos, a transparência e a sustentabilidade do ambiente urbano para a cidade e área metropolitana.

Cronograma
1965: Plano Diretor da Cidade focado em fazer da cidade em um lugar melhor para se viver.
Criação do IPPUC

Resultados
O resultado da estratégia - que coloca as pessoas no centro e destaca o planejamento integrado - é que a cidade se tornou uma vitrine de urbanismo ecológico e humano, com melhorias contínuas, ao longo dos últimos 38 anos, nas condições sociais, econômicas e ambientais da cidade e seus moradores.
Curitiba tornou-se a mais sustentável das cidades, no processo de provar que a aplicação de uma estratégia com valores fortes e foco em sistemas integrados podem aproveitar as ações de planejamento para atender serviços de objetivos estratégicos comuns.
70% do lixo da cidade é reciclado. Moradores que vivem em favelas conseguem mantimentos e passagens de ônibus em troca de seus sacos de lixo, e têm acesso a programas sociais e serviços de saúde financiados por programas de reciclagem. Quase um quinto da cidade é parque e voluntários plantaram 1,5 milhões de árvores ao longo das ruas.
A cidade tem 200 quilômetros de ciclovias e 52 m2 de área verde por pessoa.
Há um modelo de serviço de transporte de baixo custo, utilizado por mais de 2 milhões de pessoas por dia. Há mais donos de carros per capita do que qualquer lugar do Brasil, e a população dobrou desde 1974, mas o tráfego de automóveis diminuiu em 30%, e a poluição atmosférica é a mais baixa no Brasil.
Grande parte do centro da cidade é uma zona pedonal vibrante. Turismo gerou USD 280 milhões em 1994, 4% da receita líquida da cidade. A renda per capita é 66% superior à média brasileira. A taxa de crescimento econômico da cidade dos últimos 30 anos é de 7,1%, superior à média nacional de 4,2%.

Instituições envolvidas IPPUC
Prefeitura de Curitiba.

Fontes
http://www3.iclei.org/localstrategies/summary/curitiba2.html





Crédito: Uploaded on February 19, 2010 by whl.travel



quarta-feira, março 02, 2011

MERCADO DO CRUZEIRO - Matéria produzida pela CMBH

Audiência pública discute destino do localCom o objetivo de conhecer o projeto apresentado à  Prefeitura para o espaço ocupado pelo Mercado Distrital do Cruzeiro, que consiste na criação de um complexo composto por dois hotéis, shopping center, centro gastronômico e estacionamento com 2 mil vagas, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário realizou audiência pública nesta terça-feira, 1º de março. A iniciativa foi do vereador Arnaldo Godoy (PT).

 Segundo o secretário municipal adjunto de Gestão Administrativa, Hipérides Ateniense, tornou-se necessário encontrar um novo destino para o Mercado Distrital do Cruzeiro, a exemplo do Barroca e do Santa Tereza, já que estes espaços perderam importância desde que a função de abastecimento vem sendo ocupada por supermercados e sacolões.

Com a desvalorização da função original, foi proposta a implantação do complexo empresarial no local. Entretanto, Ateniense ressaltou que a Prefeitura não aprovou o projeto, que está em fase de estudos técnicos realizados por uma consultoria. O secretário lembrou que, após a avaliação do projeto, o Executivo ainda é obrigado a consultar a população e realizar audiência pública para discuti-lo.

A presidente da Associação do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Claudia Pires, ficou feliz com o posicionamento da Prefeitura. “Sinto-me aliviada ao tomar conhecimento de que o Executivo ainda está avaliando o projeto, que por sinal trará enormes impactos, não só ao trânsito local, mas à própria Lei de Uso e Ocupação do Solo”, disse.
RevitalizaçãoO presidente da Casa, Léo Burguês (PSDB), fez coro aos pedidos dos moradores para que o Mercado seja revitalizado. “É um patrimônio de Belo Horizonte, um dos poucos locais de convívio que sobraram na nossa cidade”, afirmou. Endossando as palavras do vereador, o presidente do Sindicato dos Arquitetos (SINARQ), Eduardo Fajardo, exaltou que “o Mercado do Cruzeiro tem um valor histórico, social, cultural e arquitetônico importantíssimos para a cidade, e por isso mesmo deve ser preservado”.

Para a presidente da Associação dos Moradores do Bairro Cruzeiro, Patrícia Caristo, a audiência atingiu seu objetivo. Para ela, após o vereador Arnaldo Godoy encaminhar o diálogo entre Prefeitura e população, os moradores da região estão sendo ouvidos. “O Mercado está passando por dificuldades, sim, mas nenhum morador quer abandoná-lo. Pelo contrário, queremos revitalizá-lo, torná-lo ponto turístico da cidade, uma vez que ele pertence à população e não à iniciativa privada”, afirmou Patrícia.

Os vereadores Tarcísio Caixeta (PT), líder do governo da Casa, e Adriano Ventura (PT) concordam com a importância do Mercado, mas defenderam a postura de que é preciso haver crescimento, de maneira responsável. “Precisamos discutir a área como um todo, levando em consideração o sossego dos moradores e a preservação do local”, disse Caixeta. 
Projetos aprovadosAlém da audiência pública, a Comissão apreciou dois projetos de lei na reunião desta terça-feira. Em 1º turno, foi aprovado o PL 1364/10, de autoria de vários vereadores, que trata sobre a Política Municipal de Implementação de Áreas de Revitalização Econômica no Município. O PL 1329/10, de autoria de Wagner Messias ‘Preto’ (DEM), que autoriza a inscrição de dois motoristas auxiliares no serviço de táxi, foi aprovado em 2º turno.

Saiba tudo sobre a Audiência Pública

Audiência Pública sobre Mercado Distrital do Cruzeiro marca importante apoio da Câmara Municipal aos anseios do moradores do Bairro
O encaminhamento final da prestigiada Audiência Pública conduzida pelo Vereador Arnaldo Godoy (PT) ontem, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, sobre o futuro do Mercado Distrital do Cruzeiro, foi  conseguir da  Prefeitura de Belo Horizonte - ali representada pelo  Secretário de Gestão  Administrativa Hipérides Ateniense -  o compromisso  com a abertura de um canal de comunicação entre a PBH e os moradores do bairro Cruzeiro, sobre o projeto de revitalização do Mercado, de maneira  a escolherem um projeto que não traga mais impactos ao já combalido sistema de mobilidade urbana da região.
Hipérides  Ateniense abriu o debate afirmando que a Prefeitura ainda não se definiu pelo único e  polêmico  projeto apresentado durante  Manifestação Pública de Interesse, pela Santec  Engenharia. O projeto em questão  tem sido alvo de muitas críticas por  sua magnitude, sendo  considerado por moradores e instituições  como “super dimensionado” para o local .   Ateninense afirmou que na visão da Prefeitura,  embora o  projeto apresente “qualidades”,  estudos de viabilidade ambiental,  viário, econômico e arquitetônico ainda serão realizados antes que a PBH se manifeste favorável à sua implantação. As colocações do Secretário ensejaram réplicas por parte da Presidente do IAB/MG, arquiteta Cláudia Pires, do Presidente do SINARQ, Eduardo Fajardo,  dos vereadores Léo Burgues, Sérgio Fernando, Adriano Ventura, Iran Barbosa, Caixeta, Preto, Arnaldo Godoy e também da Presidente da Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro, Patricia Caristo, sobre o ponto mais importante de toda esta discussão: a necessidade de ouvir os principais interessados, ou seja, os moradores do bairro Cruzeiro quanto ao projeto que melhor lhes atenda e que “solucione os problemas ao invés de agravá-los” , no dizer do Vereador  Léo Burgues.
A presidente do IAB/MG, Cláudia Pires, contestou a necessidade de realizar estudos de impactos viários do projeto vencedor da PMI 05/2010  já que a posição de rejeição ao projeto tem sido reiteradamente afirmada e confirmada pelos moradores do bairro através da  associação legitimamente eleita para representá-los, a Associação dos Cidadãos do Cruzeiro – Amoreiro.  Cláudia Pires lembrou que o melhor instrumento para a escolha de projetos de revitalização como o que se propõe para o Mercado do Cruzeiro são os concursos, e, foi além: “para a idealização desses projetos é necessário que todos os arquitetos  tenham em mente as características que precisam ser preservadas e todas as outras condicionantes, como a questão da mobilidade urbana e possíveis impactos para que possam ser estudadas soluções pertinentes, o que resulta em  projetos aceitáveis. Neste sentido, ninguém melhor que os moradores de um bairro para identificar as necessidades que o projeto precisa contemplar. Isto é muito diferente do que impor um projeto alienígena e indigesto para uma população que começa a sentir-se impotente diante da ditadura do econômico sobre o humano” ressaltou.
O presidente do SINARQ, em concordância com as colocações de Cláudia Pires, fez considerações sobre a importância histórica e social do Mercado Distrital do Cruzeiro, ressaltando as qualidades do projeto de autoria do já falecido e consagrado arquiteto Éolo Maia, que “conseguiu criar em uma estrutura que lembra um galpão,  um prédio de excelentes qualidades arquitetônicas, inovador, cuja escala volumétrica e o gabarito de sua altura são totalmente compatíveis  e adequados, ao  liberar  espaços livres e fruição das visadas urbanas. Traduzindo em miúdos, disse ele,  viva o “galpão” criado por Éolo, talvez o mais conhecido e renomado arquiteto mineiro além das montanhas,  pois abriga atividades exitosas, incentivando uma indiscutível e saudável sociabilidade em seus espaços livres e arejados”.

Patricia Caristo, presidente da Associação dos Cidadãos do Bairro Cruzeiro/ Amoreiro, contestou recente declaração do Secretário Hipérides Ateniense que minimizava a importância do Mercado Distrital do Cruzeiro como  canal de abastecimento. Em sua fala ressaltou o valor inestimável do Mercado Distrital  como patrimônio turístico e social, local de encontro de pessoas de todas as idades e classes sociais, referência geográfica e sentimental do bairro e fundamental espaço a ser preservado com todas as suas atuais características. Afirmou que os moradores do bairro desejam que o mercado passe por processo de revitalização e que seja  criado, no espaço onde hoje funciona o estacionamento do mercado, uma grande praça arborizada com equipamentos de lazer para a população do bairro no lugar do mega empreendimento proposto pela Santec Engenharia.  Disse que um  projeto adequado pode transformar o atual mercado em  ponto turístico ainda mais  relevante  visando a Copa do Mundo,  resistindo ao empreendimento que transformaria toda a área do Mercado em uma imensa edificação de concreto.  Para concluir, a presidente da Amoreiro dirigiu-e ao Secretário afirmando:  “a área do mercado não é apenas pública. Ela é do povo que paga os impostos. Consideramos aquela área como nosso espaço. Uma espécie de “quintal” dos moradores do bairro.Alguém pode construir em um terreno antes de perguntar aos seus legítimos proprietários se eles estão de acordo, levantando também que  tipo de edificação lhe atende?”
As colocações da representante foram reforçadas e legitimadas por todos os vereadores que prestigiaram a Audiência. Unanimemente os vereadores se manifestaram favoráveis a um canal de comunicação aberto entre a Prefeitura de Belo Horizonte e os moradores do Cruzeiro.
 Além disso os vereadores levantaram importantes questionamentos sobre os destinos das áreas públicas nas grandes cidades. Em suma disseram que estas poucas áreas devem servir à cidade e a seus moradores em sua necessidade de áreas verdes e de lazer. 
 Depois da audiência vários vereadores se manifestaram em seus twitters  em favor da escolha de um projeto que leve em consideração as necessidades, os anseios e as aflições dos cidadãos do Bairro Cruzeiro e da cidade como um todo. Confiram seus posts:
www.twitter.com/LeoBurgues :Hoje, dia 01 de março, retomamos a todo vapor as reuniões Ordinárias na CMBH. Muito ânimo de toda a Casa para o melhor de Belo Horizonte!
www.twitter.com/LeoBurgues: É importante preservarmos espaços como o MercadoDistritaldoCruzeiro. Uma questão de cidadania da comunidade e dos poderes público e privado.
www.twitter.com/arnaldogodoy : Hoje, audiência pública que solicitei à Câmara sobre mudanças no Mercado do Cruzeiro. Abaixo a técnica. Queremos a prevalência do humano
www.twitter.com/arnaldogodoy : O êxito de um projeto urbano é resultado do diálogo entre população e Poder Público. O Cruzeiro precisa se manter mobilizado.
www.twitter.com/sergiofernandop : Audiência sobre o mercado do cruzeiro. Solidário com os moradores da região. Queremos conhecer os impactos do projeto.

 www.twitter.com/iranbarbosa: O MercadoDistritaldoCruzeiro é uma prova do poder do Twitter. Foi através dessa ferramenta q pude conhecer d perto a opinião dos moradores
 www.twitter.com/adrianoventura : @arnaldogodoy parabéns Arnaldo. Vc conduziu brilhantemente a audiência. O recado foi dado: a PBH precisa ouvir mais!
 www.twitter.com/adrianoventura: Na audiência tenho a honra de sentar ao lado do vereador @arnaldogody Ele é o autor do pedido de audiência. http://plixi.com/p/80884535 ( foto da audiência)
www.twitter.com/cmbhinforma: MERCADO DO CRUZEIRO | Audiência pública discute destino do local http://migre.me/3YjT0

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE BELO HORIZONTE



O prefeito Márcio Lacerda, desconsiderando os clamores dos moradores do Bairro Cruzeiro e muito menos sem qualquer participação popular, pretende construir um Shopping Center, dois hotéis e 2.000 vagas de estacionamento no terreno público do Mercado Distrital do Cruzeiro. Este projeto, se realizado, irá  trazer imensos impactos ao bairro, a começar pelo agravamento dos já constantes congestionamentos nas  ruas que compõem a sua rede de  microacessibilidade. 



O projeto pode ainda acarretar  o fim e a falência de vários pequenos comerciantes que já fazem parte da nossa história,  tanto pelo transtorno  e duração da imensa obra, quanto,  em futuro próximo, pela impossibilidade de concorrer com as mega lojas que serão instaladas no local.


 A qualidade de vida, hoje debatida e defendida no mundo todo, em nossa comunidade sofrerá um imenso retrocesso. O empreendimento encherá de concreto o espaço a céu aberto  do Cruzeiro, impedindo a ventilação e aumentando o calor, afora outras inegáveis impactos,  sem falar da  descaracterização do mercado.


O Cruzeiro não suporta construções desse porte.  A rede de esgoto será  sobrecarregada e certamente haverão piores inundações na época das chuvas.


Nós, moradores do bairro, e os cidadãos desta cidade - já tão desfigurada pela implacável especulação imobiliária - estamos sendo violentados por esse projeto que sequer foi fruto de discussão com a comunidade e que demonstra um desrespeito à vontade popular.
O Mercado do Cruzeiro representa a sobrevivência de muitos. Sua importância econômica não  pode ser banalizada como tem sido pela Gestão Administrativa Municipal.  Mesmo que economicamente o Mercado fosse julgado desimportante em termos de abastecimento a Administração Pública jamais poderia negar sua importância social. O Mercado  já faz parte da memória desta cidade agregando em si  todas as referências possíveis que um bem público precisa ter para ser preservado. Além de ser um legado de uma arquitetura humanista e ecológica o Mercado  é inegável atração turística, referência afetiva e geográfica e  ponto de lazer para os  moradores  bairro e para quem o visita.
Queremos que o Mercado do Cruzeiro, juntamente com o Parque da Caixa d’água, seja preservado para as futuras gerações e que  não  venha  a ser conhecido apenas por algumas fotografias no acervo de um museu. Por isso defendemos  que seja revitalizado e não destruído em favor de um projeto faraônico que não nos atende.


Como cidadãos conscientes de seus direitos exigimos que se dêem vistas ao projeto de autoria da arquiteta Jô Vasconcelos que se encontra  engavetado na SUDECAP, pois o julgamos  ideal especialmente por que confirma  nossa consciência crítica, ao demonstrar  respeito e carinho pela história da cidade. Além de nos atender, o referido projeto - que contempla um andar superior de praça de alimentação, estacionamento subterrâneo, uma praça onde hoje é o estacionamento, elevador panorâmico de ligação com o parque da caixa d’água -  não descaracterizaria  o mercado. Ao contrário, tendo como ponto principal a sua valorização como ponto turístico, preserva suas características e sua história sem agredir e trazer quaisquer transtornos à nossa comunidade, o que não pode ser afirmado quanto às  verticalizações propostas pelo projeto da Santec que o Executivo pretende nos impor.


Finalizamos afirmando que espaços públicos devem ter função social e não ser utilizados e beneficiados para construtoras e mercado imobiliários em detrimento dos anseios coletivos comunitários. Neste sentido, Fazemos um chamado a todos moradores do Cruzeiro e cidadãos de Belo Horizonte no sentido de unir nossos esforços contra a  aberração do poderio econômico em detrimento da vontade da Sociedade Civil.


Não podemos aceitar que a cidade importe,  através de seu  executivo, uma mentalidade retrógada, que gosta de admirar as  cidades bem preservadas da Europa, enquanto destrói, incessantemente, as características genuínas das nossas.


Podemos, finalmente, evocar a inspiração de grandes brasileiros, como Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Rodrigo Melo Franco de Andrade, Mário de Andrade, Gilberto Freyre, e tantos outros que defenderam como nós, pelo humanismo, pela qualidade de vida e pela poesia, por uma cidade embalada pela sonoridade do bem-estar comum, por uma cidade que nos aconchega pelo prazer de sermos parte dela e não seus enfeites.